Opinião | Entre o abacaxi e a Manga: A diferença na comunicação política 41692g

Imagem gerada com IA/Divulgação

Na política, ter uma presença digital sólida não é apenas um diferencial, mas uma necessidade. No entanto, muitos políticos ainda não sabem como aproveitar esse espaço para criar uma conexão genuína com o público. Assim, o resultado acaba sendo como comparar abacaxi com manga: espinhoso e difícil de engolir. 5a5s5g

Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba (SP), com seus 3.2Mi de seguidores no Instagram é um exemplo notório de como utilizar as redes sociais de forma eficaz. Ele não apenas publica conteúdos institucionais, mas faz questão de dialogar diretamente com os cidadãos, gravando vídeos que prendem a atenção, mostrando bastidores, respondendo críticas e se posicionando de forma clara. Essa postura o torna ível e autêntico — elementos fundamentais para conquistar engajamento.

Por outro lado, muitos prefeitos que almejam ter a mesma relevância digital acabam caindo no erro clássico de acreditar que basta estar presente nas redes sociais. Publicam releases engessados, fotos protocolares e textos frios, distantes da realidade da população. Em vez de colher frutos, acabam parecendo abacaxis: difíceis de lidar e pouco atraentes.

A diferença fundamental está na postura. Manga compreendeu que as redes sociais não são apenas vitrines de realizações, mas espaços de diálogo e humor. Enquanto isso, alguns gestores públicos insistem em usar a internet como um mural de avisos. Eles desejam o carisma e a popularidade que Manga construiu, mas se recusam a sair da zona de conforto, evitando câmeras e contato direto com o povo.

Ao longo de sua gestão, Manga provou que ouvir, responder e interagir faz parte do pacote de ser um líder conectado. Sua reeleição mostra isso: 73,5% dos votos e se credenciando para concorrer ao governo do Estado, como já apontam algumas pesquisas.

Prefeitos que não adotam essa postura podem até se destacar istrativamente, mas no campo da comunicação ficam para trás, perdendo a oportunidade de criar laços sólidos com a comunidade. Querem conquistar a popularidade de Manga, mas permanecem rígidos e distantes, como um abacaxi: duros, difíceis de alcançar e, no fim das contas, nada agradáveis de acompanhar.

No jogo político atual, não basta querer popularidade; é preciso conquistá-la com presença autêntica e disposição para criar conteúdo relevante. O público sabe reconhecer a diferença entre um perfil ativo e um que está apenas marcando presença.

A dica é clara: se os gestores públicos desejam ter uma presença digital relevante, precisam ser menos abacaxi e mais Manga. Trocar a rigidez por leveza, o distanciamento por proximidade e a formalidade por autenticidade. O público não quer apenas saber o que está sendo feito, mas também sentir que está sendo ouvido.

Leonardo Alegri – Jornalista

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